segunda-feira, 27 de outubro de 2014

que rumos são esses?

Ficamos sem o auditório durante dois encontros: somente na quinta feira passada, dia 30, é que voltamos para o "nosso lugar" dentro da escola. O nosso canto... 

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Eu já planejei começar este texto diversas vezes. 
E em nenhum dos planos ele começava assim: falando da nossa alternância de espaços.
Ensaiei como escrevê-lo em várias ocasiões nestes últimos dias. Não queria ter deixado acumular "coisas para contar". Eu gosto muito de compartilhar aqui as descobertas frescas. No dia. Mas não deu: o cotidiano tem me engolido - e a preguiça, por vezes,  também.

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Na segunda feira passada, dia 27, naquela ressaca pós-alma-lavada pela vitória da Dilma, nossa aula aconteceu no laboratório da escola. Estavam presentes a Beatriz, o Yuri, a Brenda, o Willian, a Stéfany e a Camila. O auditório estava ocupado por um pessoal da Secretária Municipal de Saúde e mais uma vez tivemos de improvisar nosso espaço. Ao contrário do encontro anterior - o da quinta feira, dia 24 - não havia na escola sala desocupada: só o apertado laboratório. Nele, há seis balcões com pias, um esqueleto, uma vitrine com bichos conservados em potes de maionese com formol ou álcool, várias garrafas pet's cortadas, cartazes retratando o interior do corpo humano com setas assinalando o nome de cada nervo, veias e órgãos. Algumas pepitas. Um galão azul... 

É um espaço apertado, sobretudo. Quando entramos nele o relógio já marcava 09h35. Minha primeira reação foi tentar imaginar uma aula para aquele espaço, naquele aperto. Lembrei do grupo de teatro Vertigem e também do Invertido: o primeiro, famoso por seus espetáculos que se apropriam de espaços não convencionais para conceber seus espetáculos e o segundo por também já ter realizado uma peça em um laboratório abandonado da UFMG, o Medeia Zona Morta... Tentei elaborar uma improvisação com os alunos que fizesse aquele espaço conversar conosco, com o teatro que temos feito nesses últimos encontros.

Na aula anterior, o motivo da nossa saída do auditório era: muitos professores faltaram naquela manhã e a direção precisou unir as turmas e não havia espaço na escola para comportar aquelas junções senão no auditório - também conhecido pelas professoras como sala de vídeo. Tentei, a princípio, argumentar com a Vânia (diretora do Adelina) utilizando o nosso combinado feito antes do nosso projeto começar a funcionar - a garantia daquela sala na segunda e na quinta, de nove às onze horas. Nisso, os quase 50 alunos aguardavam para entrar na sala e a professora responsável não parava de repetir: "não tenho para onde ir com essa meninada" e "a biblioteca não nos cabe". 

Teimei mais um bocado antes de ceder. Esclareço o porquê desse meu comportamento: durante o funcionamento do Escola da Gente (2010-2012) a aula de Teatro NUNCA contou com um espaço fixo na escola. 



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Nossa turma vai bem, obrigado: continuamos mantendo a média de sete alunos por aula. Mas no total nós hoje podemos contar com 10 meninos. A cada encontro, temos a 

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